domingo, 19 de janeiro de 2014

Dalinha Catunda inaugura Cordelteca de Ipueiras


Sábado (18/01/14) foi um dia para ficar na história da cultura e da poesia ipueirenses!
A cordelista e acadêmica  da ABLC (Academia Brasileira de Literatura de Cordel) Dalinha Catunda colocou definitivamente Ipueiras, sua cidade natal, no mapa da Literatura de Cordel.
Em seu sítio O Cantinho da Dalinha, a cordelista recebeu vários nomes do mundo do Cordel, entre eles o Presidente da ABLC, Gonçalo Ferreira da Silva, para inaugurar a Cordelteca de Ipueiras. Durante todo o dia, os poetas se ocuparam de bater papo, declamar poesia e falar, é claro, sobre esse tema que tanto amam.
À noite, quando a lua, majestosa, beijou a crosta terrestre, os poetas se dirigiram para o salão do evento. Lá, Dalinha fez a abertura, e logo em seguida o Presidente da ABLC, deslaçando a fita, deu por inaugurada a Cordelteca.
Poetas das cidades de Ipueiras, Ipu, Ararendá, Reriutaba e Crato se fizeram presentes.
Durante o evento, O presidente Gonçalo Ferreira convidou a presidente da Academia de Cordelistas do Crato, Anilda Figueiredo, para ocupar uma cadeira na ABLC.
A ACC estava representada pelos poetas Luciano Carneiro, Francy Freire, Anilda Figueiredo e Josenir Lacerda.
De Reriutaba, compareceram o cordelista João Rodrigues, Cristiane Ribeiro, Ribamar Viana e Maria de Jesus.
Parabéns à cordelista Dalinha Catunda pelo forte empenho dedicado ao Cordel!



quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Tarde poética em Reriutaba



A poesia é uma arte de todas as horas. E também cabe em todo e qualquer lugar, contanto que tenha quem a escute, quem a declame, quem a leia ou quem a escreva.
Com o intuito de divulgar a poesia nordestina, em especial o Cordel, o Presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva, desceu as ladeiras de Santa Tereza, no Rio de Janeiro, onde mora, e viajou nas asas da poesia até Reriutaba, onde deu uma palestra intitulada "Vertentes e evolução da Literatura de Cordel".
O poeta falou da origem do cordel e de sua chegada ao Brasil. Entre uma e outra explicação, ele declamava uma poesia, para o delírio de quem teve a felicidade de estar presente.
Depois da palestra, Gonçalo foi até o Gabinete do Prefeito Dr. Galeno, para conhecê-lo. Lá, juntou-se a outros dois poetas acadêmicos De Deus Sales e Moreira de Acopiara.
Em seguida, foram até à Cordelteca do Riacho, acompanhados por João Rodrigues, Cristiane Oliveira, Ribamar Viana, Maria de Jesus, Ezequiel Alcântara e Felipe Mendes. Lá, muitas outras poesias foram declamadas, e uma animada conversa rolou até o nascer da lua.
Amanhã (17/01), Gonçalo irá ao Centro de Artes de Varjota, onde dará a segunda parte da palestra.


 


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O Sertão tem duas almas


Só quem conhece o sertão sabe os mistérios que ele tem. Costumo dizer que o sertão tem duas almas – uma cinza e outra verde.
Durante o verão, o sertanejo tem uma visão acinzentada da caatinga, que como um triste véu cobre o sertão de ponta a ponta, apenas pontilhada por algum escasso verde: um mandacaru aqui, uma juazeiro acolá, uma oiticica ao longe... o resto, quase tudo é morto. Até no próprio céu apenas um ou outro urubu voa fazendo curva, como se não tivesse muito o que fazer. A paisagem é triste, e algum desavisado que passar por ali sente pena do próprio chão, esturricado, sem vida, só poeira e pedra.
Mas o sertão tem outra alma, uma alma viva, verde, que encanta e emociona, até. Mas essa alma só surge quando a chuva cai, quando o inverno chega. Poucas chuvas depois e um tapete verde se forma sobre a terra; as folhas da jurema começam a brotar; o sabiá refloresce; o marmeleiro e o mufumbo despontam, e tudo fica verde novamente. É aí que se percebe que o sertão não morre, ele apenas dorme para acordar mais belo.
Os riachos cantam, as cachoeiras roncam, as grotas murmuram, e a água espalha vida por onde passa. Os periquitos gritam, o galo-de-campina solta o seu canto e o sabiá comanda a sinfonia pela caatinga afora. O tejo surge nos terreiros de casa em busca de pintos, ou ovos; a nambu canta debaixo das moitas; a siricora grita no galho da oiticica; o caburé canta no oco; o tatu fuça na baixa... o sertão vira poesia.
Só quem conhece o sertão sabe o quanto ele é belo! E beleza não se escreve, nem se descreve. Portanto, caro leitor, por mais que eu tente explicar o sertão para alguém que nunca o viu, jamais entenderá o que digo, mas se você conhece o sertão, essas palavras já são o suficiente; não para lhe dizer o que é o sertão, pois você já o conhece, mas para dizer o quanto, nós, sertanejos, estamos felizes, pois o inverno chegou. E com ele a alegria.

João Rodrigues




Presidente da ABLC em Reriutaba

O presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva, chegará a Reriutaba no dia 16 de janeiro, onde ficará por dois dias.
No dia de sua chegada, quinta-feira, o poeta ipuense dará uma palestra na Câmara Municipal de Reriutaba para professores e convidados às 3 horas da tarde, com a finalidade de divulgar a cultura nordestina, em especial a Literatura de Cordel.
No dia seguinte, Gonçalo fará uma visita à Cordelteca de Riacho das Flores.
Depois de cumprida sua agenda em Reriutaba, ele irá para o Ipu, sua terra natal, onde passará os festejos de São Sebastião, com familiares e amigos.